quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Outra Ana.

Um dia o Arth escreveu um poema pra uma tal de Ana, que ele não sabia quem era mas jurava que um dia conheceria. E eu ficava perguntando sempre se ele ja tinha achado. Até que um dia ele disse que achou... e era eu. "Eu descobri quem é a Ana, e eu ja a conhecia... ela é você. Vou te dar o poema". É lindo. Quem quiser conferir da uma passada ali no blog dele, Sonhando a deriva. O poema chama Anagrama. Daí, na época elaborei uma resposta pra ele... chama 'Outra Ana' e depois que vocês lerem lá, leiam aqui.

As mulheres são feitas de vida e vidro
São feitas de sim, de não e de Ana

É certeza, tenho amor.

Sem aparência, sem essência presente
quem me deu foi a manhã

inconsiente, inconsequente.
Ana não é mulher que
de tanto procurar amor,
perde o juízo.
Entra na sombra
como se entrasse em lago
E boiam os cabelos, fios de água e mágoa.
Se até números ímpares
somados viram pares
Se até as pedras cantam
barulho surdo e mudo
O amor cego das mulheres
é impossível ser absurdo.
Todos têm cópias de si mesmos
feitos para vigiar e viajar
Uma mulher são duas
frente e verso, ao avesso e vice-versa.
Uma segue caminho aparente
e a outra, inexistente.
Anas têm cortinas de seda
perigosas e pertubadoras
que ferem paixão alheia.
Sem cantar pedra nem coração.
Mas pra quem vendeu a alma (ao amor)
pouco importa a direção.
Entre uma curva e outra Ana,
acabamos achando a vida curta.
É então que o não vira sim
e o amor vira fim.
Mas só Anas viram chuva.
É certeza, tenho amor.

Nenhum comentário: